sábado, maio 26, 2012

Chegou... E depois partiu.

Você foi embora tão repentinamente quanto chegou, e então tudo aquele espaço que você ocupava com seus sorrisos, olhares, gestos e palavras, viraram um enorme vazio; E todo o espaço que seu amor ocupava aqui dentro virou vazio também. Você chegou quando eu não estava esperando, e ficou sem pedir licença. E quando eu me acostumei com a sua bagagem, com seu amor, você simplesmente partiu, sem se importar se faria falta. E eu caminho entre o espaço que você costumava ocupar, cada esquina escura tem tanta lembrança de você, de nós, que é como andar no cemitério do nosso amor. Eu repasso conversas, gestos, sensações, como se as revivendo pudesse te trazer de volta junto com tantas coisas que você levou de mim. E eu vivo madrugadas frias, fins de tarde, meios de manhã, inícios de noites, sempre pensando que você devia estar aqui. Mas você se foi e eu agora tenho que seguir em frente, sem você, sua bagagem ou seu amor. Quando você chegou sem aviso prévio e se instalou na minha vida, eu desaprendi a viver só, eu esqueci como respirar sem sentir seu cheiro, como olhar ao redor e não te ter no campo de visão, como escutar o barulho do mundo e não distinguir sua voz. Mas então você foi embora sem me prevenir, e eu tive que reaprender a ouvir, falar, olhar, andar sozinha e como me aquecer sozinha no inverno. Parece que faz sempre frio desde que você partiu. 



O texto é meio dramático, mas não deixa de ter sua beleza, vai!
Li hoje pela manhã, e misteriosamente, me identifiquei.
Incrível como as coisas uma hora ou outra se encaixam.


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