quinta-feira, agosto 18, 2016

Só pra extravasar.

Às vezes a gente nem tem um assunto de fato, não quer fazer rimas, nem colocar no papel frases de efeito que poderiam vir a ser belas tatuagens um dia (quem sabe), ou indiretinhas que entrariam na modinha dos memes. Não. (Não vou dizer que isso não acontece, mas) Na maioria das vezes, a gente só quer extravasar. Tecer umas poucas linhas que parecem ser feitas do mesmo nó que aperta a garganta e o peito da gente, porque enquanto a gente escreve, mesmo sem muito sentido, os nós aqui dentro vão ficando mais frouxos. E aí, a gente nem escreveu sobre algo concreto, e quem nos lê também não tem a menor ideia do que se passa na cabeça cheia de caraminholas de quem começou mais um dentre tantos outros textos desses desinteressantes que tem por aí, mas ambos sentem chegar de leve, em algum momento da leitura, o alívio que só a escrita traz, sabe? Ó, ele aí... Chegando bem de mansinho... Tanto que, quando a gente percebe, já nem precisa mais escrever. 
Não por enquanto. 
Não sobre isso. 
Isso? Isso o quê mesmo? 

.  .  .

Talvez seja sobre gratidão. 
Vontade de agradecer... 
Pela oportunidade de tecer essas linhas mal escritas, sem sentido, sem rima, quase sem drama, mas das mais balsâmicas, sou grata. Obrigada. Muito obrigada.)