quarta-feira, outubro 31, 2012

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"Mas é outubro e você sabe. O céu azul, o sol quente e o vento não muito fresco bagunça mmeus cabelos. Coisas pela metade não combinam com o céu de outubro. Ir fundo é a palavra do mês. Talvez do ano, da vida. Vai saber."
(Aghata Paredes)


E que venha Novembro, com um céu ainda mais radiante, e de um brilho ainda mais intenso.


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domingo, outubro 21, 2012

Aprendi.



Aprendi que quando duas pessoas discutindo, não quer dizer que se odeiam. Que duas pessoas felizes, não quer dizer que se amam. Que o mundo dá voltas e a vida é uma seqüência de desafios. Que algumas feridas saram, outras não. Que quem vive do passado é museu. Que quem vive o futuro, não vive, sonha. Que com a pessoa certa uma vida é pouco tempo. Que com a pessoa errada um minuto é muito. Que mesmo acompanhado ainda posso estar só. Que caráter vem do berço, não se compra. Que amor não se exige, se dá. Que meus amigos eventualmente vão me machucar, são humanos. Que um ato pode mudar toda uma vida, mas que nem toda uma vida pode mudar alguns dos nossos atos.

(Letty Belo)

Lições diárias.

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O que não foi.



Não foi desejo. Nem vontade, nem curiosidade, nem nada disso. Foi um choque elétrico meio que de surpresa, desses que te deixa com o corpo arrepiado, coração batendo acelerado e cabelo em pé. Foi sentimento. Não foi planejado, nem premeditado. Foi só um querer estar perto e cuidar, tomar todas as dores e lágrimas como se fossem suas. A vontade e o desejo vieram depois, bem depois. Não foi um lance de corpo, foi um lance de alma. Não foram os olhos, nem os sorrisos, nem o jeito de andar ou de se vestir. Foram as palavras. Uma saudade e uma urgência daquilo que nunca se teve, mas era como se já tivesse tido antes. [...]”


— Caio F. Abreu

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Can't help falling in love.


Homens sábios dizem que só os tolos se apaixonam.
Mas eu não consigo evitar me apaixonar por você.
Eu deveria resistir? Seria um pecado,
Já que eu não consigo evitar me apaixonar por você.

Como um rio que corre pro mar...
Querida, isso segue como as coisas tem que ser.
Tome minha mão, tome minha vida inteira também.
Por eu não consigo evitar me apaixonar por você.
Porque eu não consigo evitar me apaixonar por você.


(Elvis Presley - Can't help falling in love)



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"Chega a pegar o telefone. Não telefona." 
(Gabito Nunes)








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quinta-feira, outubro 18, 2012

When you say nothing at all. (Um lugar chamado Notting Hill)


Hugh Grant e Júlia Roberts.
Cena do filme "Um lugar chamado Notting Hill" (1999)
[...] All day long I can hear people talking out loud.
[...] Durante o dia eu posso ouvir pessoas falando em voz alta.
But when you hold me near,
Mas quando você me abraça,
You drown out the crowd (drown out the crowd).
Você abafa a multidão (abafa a multidão).
Try as they may, they could never define
Por mais que tentem, eles nunca poderiam definir
What's been said between your heart and mine.
O que foi dito entre o seu coração e o meu.


The smile on your face
O sorriso em seu rosto
Lets me know that you need me.
Me faz saber que você precisa de mim.
There's a truth in your eyes
Há uma verdade nos teus olhos
Saying you'll never leave me
Dizendo que você nunca vai me deixar
The touch of your hand
O toque da sua mão
Says you'll catch me wherever I fall.
Diz que você vai me segurar onde quer que eu caia.
You say it best when you say nothing at all.
Você diz isso melhor quando não diz nada.

(Ronan Keating - When you say nothing at all)


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Música antiguinha (1999), mas que meu cérebro e coração fizeram questão de ressuscitar espontaneamente não mesmo, graças ao filme que passou na Sessão da Tarde ontem (17/10/2012): Um lugar chamado Notting Hill. Super recomendo pra quem desacreditou do amor, por causa de algumas idas, vindas, anos, distância, carreira, entre tantos outros contratempos inconvenientes, desnecessários, mas completamente transponíveis. Fica A dica, babies! ;)

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Honestamente?


Pensei em você o dia inteiro. Por diversas vezes me olhei no espelho hoje, e parece que estava vendo você refletido nos meus olhos. Eu só consegui sorrir quando imaginei que você devia estar feliz naquele exato momento, fazendo o que você queria fazer. Pensei no quanto era melhor mesmo eu ficar quieta e tentar abafar isso tudo que tô sentindo. Eu não queria gostar tanto de você. Aliás, eu não queria gostar de você. Não assim. Não queria que você preenchesse os espaços e requisitos que meu coração e meu jeito de ser procuravam em alguém, mas eu não tive escolha. Como eu já te disse, mesmo quando nem eu mesma havia percebido, algo me avisou que com você as coisas haveriam de ser diferentes, quando nos despedimos pela primeira vez. Ainda assim, eu jamais imaginava que as coisas aconteceriam como estão acontecendo agora. Tô com uma agonia aqui dentro que não passa. Eu saí de casa, conversei sobre outros assuntos, comi besteira, estudei, e a agonia ainda permanece aqui. E você me acompanhou em cada um desses momentos. Eu não sei o que fazer. Não sei como deixar de gostar de você. E também não quero que você suma da minha vida, porque você é o tipo de pessoa que faz bem ter por perto. Você é doce, sensível, engraçado, inteligente... Tem cheiro de paz, e abraço de quem carrega uma saudade enorme no peito. Quem não quer um alguém assim por perto? No momento, eu só gostaria de estar vendo essas (e as muitas outras) qualidades que você tem, e ainda assim te enxergar apenas como um amigo. Você tinha tudo pra ser o meu novo "grude". Um grudado, inocente e doce amigo. Aquele do peito mesmo, que tem todas as qualidades pra preencher os espaços românticos, mas que mesmo assim, a gente só consegue enxergar como um irmão mais novo. Só que as coisas aconteceram de um jeito diferente, e eu não consigo entender porquê. Eu não quero te perder de vista. Eu não ia falar contigo hoje, devo confessar. Mas também não consegui sair sabendo que você ia ficar aqui. Esperei você ir embora, pra que eu tivesse a certeza de aquela seria a primeira vez que não nos falamos, mesmo conscientes da presença um do outro no mesmo lugar. Mas ai você veio até mim, e eu senti um verdadeiro vulcão dentro do meu estômago. Tentei ser o mais natural possível, mas não consegui. Porque o meu natural com você não é ser monossilábica e apenas educada. E, de novo, eu não sei o que fazer. Só saiba que quando eu não estiver falando com você, eu estarei pensando em você. Quando eu for monossilábica, é porque não quero correr o risco de falar do que sinto, nem de falar mais do que posso. Quando eu demorar a aparecer, é porque tô preenchendo meu tempo com mil e uma coisas, apenas pra não pensar em você e sair correndo pra te dizer isso. E não esquece que eu te quero muito bem. Mesmo tentando, você jamais vai ter noção do quanto.

Agora sim, acho falei tudo que tentei não te dizer mais cedo.

(Itala Pereira)

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“Existe um único antídoto para a falta de tempo. Um único. Estar apaixonado. Esquecer de si para inventar o desejo. O desejo transforma-se no próprio tempo. Tudo é adiado.”
(Fabrício Carpinejar)

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A alegria na tristeza.


Uma pessoa triste é evitada. Não cabe no mundo da propaganda dos cremes dentais, dos pagodes, dos carnavais. Tristeza parece praga, lepra, doença contagiosa, um estacionamento proibido. Ok, tristeza não faz realmente bem pra saúde, mas a introspecção é um recuo providencial, pois é quando silenciamos que melhor conversamos com nossos botões. E dessa conversa sai luz, lições, sinais, e a tristeza acaba saindo também, dando espaço para uma alegria nova e revitalizada. Triste é não sentir nada.

(Martha Medeiros)

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quarta-feira, outubro 17, 2012

Ali.


Ela entrou e eu estava ali. 
Ou será que fui eu que ali entrei, 
sem sequer pedir a menor licença?
Ela de batom caqui. 
Com os olhos olhava o quê? Eu não sei!
Olhos de águas vindas de outros oceanos.

Ela me olhou - Quem?
Quem sabe com ela eu teria as tardes que sempre me passaram como miragens, como invenção.

E se eu não posso ter, fico imaginando. 
Eu fico imaginando.


(Skank)



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segunda-feira, outubro 15, 2012

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Como é que se conserta algo que a gente não sabe onde, como e porque quebrou?
(Itala Pereira)

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... mais vulnerável eu fico.


As pessoas não se apaixonam muito hoje em dia, ninguém mais oferece moletons quando você está molhado. Elas preferem estudar, ganhar dinheiro e viver outras experiências. Faça uma enquete rápida e concluirá que quase ninguém crê no amor. Quanto mais você sabe da vida, menos você se apaixona. A paixão nasce da ignorância: quanto menos sei sobre você, e mais eu quero saber, mais vulnerável eu fico.

(Gabito Nunes)

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Everything's change.

Aos poucos a gente vai se desapegando de determinadas coisas. Vai mudando. Vamos deixando de sentir as mesmas coisas, de vestir determinadas roupas, de ir a determinados lugares. Vamos dando espaço a descobertas que, muitas vezes, vieram até nós sem que nós as tivéssemos procurado. Nossos gostos musicais, jeito de falar, companhias, horários, manias... Vai tudo tomando um novo rumo. E o que é pior: a gente nem percebe. É tudo tão natural, tão sutil, que a gente só se dá conta quando ouve de diversas pessoas, que muitas vezes sequer se conhecem, a seguinte frase: "Cê tá diferente de uns tempos pra cá!". Nessa hora, a gente não sabe se fica feliz e dá as boas vindas ao novo eu, ou se lamenta a falta do eu antigo, que com certeza, não era de se jogar fora. Diante dessa descoberta, apenas uma coisa é certa: não somos mais os mesmos. Mudamos, e deixamos isso evidente. Lamentar? Creio que é melhor não. Mudar é um mal necessário, e que atinge todo mundo em vários momentos da vida. Comemorar? Não sei se é pra tanto. Adaptar-se? Aí sim. Enxergar as próprias mudanças, ser receptivo à elas e às mudanças dos demais a nossa volta, esse sim, é um "mal" mais que necessário. [...]

(Itala Pereira)


I'm mobile... ♪

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domingo, outubro 07, 2012

Definindo o indefinido.


Se nada, absolutamente nada pudesse nos proibir, eu iria fazer de cada momento uma oportunidade de te mostrar o que sinto por ti. Abraçaria, beijaria, respiraria você. Iria desfrutar a plenitude de te saber meu. Iria habitar o melhor lugar pra se estar: o teu abraço. Eu só não sei se o meu sentimento e o meu querer se manifestariam na mesma proporção dos teus. E me perdoe o mau jeito, mas é que eu não sei se conseguiria externar a intensidade do meu sentir. 
Não sei falar do que aconteceria, mas posso te falar do que já acontece. Eu já sinto meu coração bater mais forte ao ouvir teu nome. Tua voz ecoa nos meus ouvidos como uma doce canção que me enche de paz e agonia ao mesmo tempo. Teus olhos brilham como os de uma criança que apesar de inocente, sabe bem o que quer, e isso só me encanta cada vez mais. Teu cheiro habita minhas roupas, e eu não mais posso vesti-las sem sentir que é de você que estou me vestindo. 
Te lembrar me inspira. Me arranca suspiros. Tento me afastar de ti com a mesma intensidade com que você consegue me fazer ficar. Eu não consigo resistir. Você me envolve de maneira tal, que me faz sentir que preciso me perder em você pra finalmente me encontrar. A sensação que tenho é a de que você me libertou, mas também me prendeu. E eu, que nunca gostei da sensação de aprisionamento, hoje não me vejo livre fora dessas grades. Tenho as chaves nas mãos, mas não quero aprender a usá-las. Também não quero que me ensine, porque não me interessa possuir uma liberdade que vai me permitir voar pra longe de você. Me mantenha por perto. Mantenha-se por perto, nem que seja pra dar sentido às minhas canções, brilho às minhas noites, e inspiração às minhas palavras. Graças a você, tenho tido lindas noites, e belíssimos dias. Tenho dormido pra sonhar contigo, e acordado pra pensar em ti. 

(Itala Pereira)


Ao som de Vienna, Billy Joel.

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sábado, outubro 06, 2012

Se tá faltando você? Não, não está.



Tenho aprendido que não te ter por perto não me faz sentir tua falta. Em tudo que penso, faço, desejo, escrevo, não tá faltando você. Tá sobrando você. Tem muito de você em cada momento meu... Na minha insônia, nas conversas intermináveis, na minha falta de concentração, no constante aceleramento cardíaco. Tem muito de você nos olhares vagos, nos sorrisos incontroláveis, nos pensamentos desconcertantes, nas frases incompletas, nas canções que vão virando trilha sonora. Tem muito, muito de você em mim. Tem tanto, e ainda assim, você nunca preencherá suficientemente os espaços. Nem se permanecesse todo o tempo comigo. Nem assim. Sempre dá pra querer mais de você. Sempre haverá um espaço onde, por mais que esteja sobrando você, a ideia de transbordar de você será muito, muito bem vinda [...].

(Itala Pereira)

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Run away.










Fujo de você porque a intensidade do sentir me assusta. Fujo porque você me tira da minha zona de conforto, e me inquieta os pensamentos, pele e batimentos cardíacos. Fujo porque não quero descobrir como é te ter, e não te ter logo depois. Fujo sim, porque, neste momento, é melhor me perder de você, do que me perder em você. Eu fujo, saio correndo, me escondendo, mas implorando que você seja mais rápido, e não me deixe ir embora. Fujo mas, no fundo, quero ficar. 



Por favor, não me deixe ir.




(Itala Pereira)













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Você.


“Uma coisa ruim me faz te abraçar forte. Aí eu entendo quando as pessoas dizem que amando a gente abraça o mundo, porque, pelo menos aqui e agora, meu mundo inteiro é você. Eu achava que sabia a tradução da palavra saudade. Aí vai você e muda tudo. Não precisa dizer nada, só não me deixe faltar aqueles abraços silenciosos pra calar a boca de quem me mandou ter calma contigo. Agora que eu me perdi, só preciso de você me dizendo que amanhã ainda vou te achar no mesmo lugar, se eu procurar. Eu te quero, na medida do impossível. Faça alguma coisa ruim, qualquer coisa que me impeça imediatamente de sentir esse amor absurdo por você. Estou nas suas mãos e isso não é uma metáfora. Vai que você tá mesmo certo, e as coisas são assim mesmo: o amor invade pela boca enquanto a gente se olha e fica rindo.”

(A garota da bolha)


Me senti lendo um dos meus próprios textos. É, porque esse texto (ou boa parte dele) bem que poderia ter sido escrito por mim. Agorinha mesmo.

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segunda-feira, outubro 01, 2012

You really got a hold on me.


Eu não gosto de você, mas eu te amo.
Parece que sempre estou pensando em você.
Oh, oh, oh! Você me trata mal.
Eu te amo loucamente.
Você realmente me pegou!
Você realmente me pegou, baby!

Eu não te quero, mas preciso de você.
Não quero beijá-la, mas necessito fazê-lo.
Oh, oh, oh! Você me faz mal, meu amor é forte agora.
Você realmente me pegou!
Você realmente me pegou, baby!

Eu te amo e tudo o que quero que você faça,
é apenas que me abrace, abrace, abrace, abrace...
Cada vez mais apertado!

Eu quero deixá-la, não quero estar aqui.
Não gastar mais um único dia aqui.
Oh, oh, oh! Eu quero me separar agora!
Mas simplesmente não consigo desistir agora!
Você realmente me pegou!
Você realmente me pegou, baby!

Eu te amo e tudo o que quero que você faça,
é apenas que me abrace, abrace, abrace, abrace...

Você realmente me pegou! Você realmente me pegou!


(The Beatles - You really got a hold on me)


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Please! ♥


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Tudo ou nada. Quer?

Quer? Então pega. Pega por inteiro. Minha parte boa, minha parte chata, minha parte cinza-chumbo. Crise de tpm, crise existencial, crise de riso, crise de choro. Não queira só um lado ou só algumas partes. Se quer (quer mesmo?), queira tudo. Completa e complicada. Simples e confusa. Dramática e exagerada. Não gosto de partes, gosto da coisa inteira. Metades não me agradam. Não me atraem. Não me satisfazem. Se eu te quero, quero 100%. Inteirinho. Com teu lado cretino e bonzinho. Com teu jeito arrogante e descontrolado. Tua doçura e acidez. Não me vem com mais ou menos. Nem vem. Nem, nem. Comigo é tudo ou nada. Mesmo. Quer? 

(Clarissa Corrêa)

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Exatamente!

Não é falta de tempo. É falta de interesse. Porque quando a gente quer, madrugada vira dia. 
Quarta-feira vira sábado. Intervalo vira oportunidade. E a única desculpa pra tudo isso é 
"estou com saudade".

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Me sinto só.
Me sinto só.
Me sinto tão seu.
(Skank)

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