quarta-feira, junho 13, 2012

Cora Coralina nunca teve um grande amor.



[...] Lembro que quando eu era criança tinha o hábito de ler poesias sempre que me sentia triste. Quanto mais realistas elas eram, melhor eu me sentia. É que a quebra da ilusão era exatamente o que eu mais necessitava. Falo isso pois, por mais que certos quadros pareçam belos, o convite à realidade é algo que deveria ser aceito sem qualquer indagação. Porque ela é o único quadro do qual você pode participar. E cá entre nós, admirar obras alheias às vezes pode ser um tanto entediante.
Talvez tenha sido isso então. Esse acordar. Essa falta de vontade de escrever versos tristes. Ou a compreensão de que os problemas que me cercam são pequenos demais para me pre-ocupar. Há coisas maiores para fazer. Então eu saí do quadro. E vejam só! Aqui fora é bonito também! Sim, certo. Você pode não achar. Mas nesse caso, o que te impede de modificar a sua realidade?

(Sarah Azevedo)

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Li ontem pela manhã, e simplesmente adorei! *-*

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