- Ah, bem! Mas essa moça era meio doida, não era?
- Doida por quê, guri?- Ih, esse negócio de beijar retrato é só doido que faz.
Ela explicava, sorrindo — um sorriso diferente dos que costumava sorrir:
- Não, gurizinho. Quando a gente gosta mesmo duma pessoa, a gente faz essas coisas.
Calou um momento, depois acrescentou:
- Faz até pior.
(Caio Fernando Abreu)
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